A .PG surgiu em 2009, por iniciativa de amigos do Museu Nacional de Arqueologia [MNA], que regularmente se reuniam nos Jerónimos para debater assuntos ligados ao museu e a questões de interesse nacional. O desejo de sistematizar e alargar esses debates à sociedade portuguesa culminou, em novembro de 2010, com a assinatura da Carta Fundadora no MNA.
Nascia assim a Plataforma Global, que pouco depois adotaria a marca .PG, com o objetivo único de se constituir como um espaço de ideias do qual resultassem soluções concretas para desafios nacionais. A convite do MNA e do seu então diretor, Luís Raposo, a .PG estabeleceu sede logística nos Jerónimos, no qual depois de um primeiro ciclo de palestras, aberto em 2011 pelo então bispo auxiliar de Lisboa, D. Carlos de Azevedo, realizou várias conferências, debates, mesas-redondas, workshops e entrevistas e espaços digitais de opinião abertos à sociedade civil, entre outros formatos.
Por esses encontros passaram figuras proeminentes da vida nacional: governantes e ex-governantes do PS e do PSD, deputados de todas as forças partidárias, membros da magistratura e juristas distintos, oficiais das Forças Armadas e dos serviços de segurança, provedores de Santas Casas de Misericórdia e presidentes de IPSS, representantes de comunidades religiosas, cientistas, dirigentes de ordens e associações profissionais, empresários, gestores, jornalistas, artistas e outras personalidades ligadas à preservação do património nacional, entre muitos outros cidadãos. Desde a fundação, a .PG realizou cerca de duzentos eventos em diversos formatos.
Na área da responsabilidade social, entre 2010 e 2015, apoiada no conhecimento da Comunidade Vida e Paz, a .PG foi consistentemente patrono de uma dezena de instituições de apoio a pessoas sem-abrigo, nas áreas de saúde, alimentação e emprego. Em dois momentos, as suas iniciativas pioneiras Mais Emprego e Sorrir não Custa, envolveram a Câmara Municipal de Lisboa como observadora e beneficiária, tendo num desses casos merecido o apoio do então ministro da Solidariedade, Dr. Pedro Mota Soares.
A partir de 2015, a organização abandonou o modelo anterior, para adotar uma abordagem focada na promoção e moderação do diálogo intersetorial, entre os setores privado, social e público — formato que mantém até hoje, incidindo nas áreas consideradas estruturantes para o desenvolvimento nacional em cada ciclo político.
Como resultado deste reposicionamento estratégico, a .PG expandiu o raio de ação para todo o território nacional, assumindo um papel catalisador na articulação entre municípios, governo central, tecido empresarial e economia social. Esta capilaridade institucional, aliada à capacidade de mediação entre diferentes atores-chave, consolida as condições necessárias para uma eventual escalada da sua intervenção ao nível europeu, onde o seu modelo de concertação intersetorial poderá revelar-se um ativo no contexto das políticas de coesão e desenvolvimento territorial.
A primeira palestra de D. Carlos Azevedo, em 2011, no Salão Nobre do Museu Nacional de Arqueologia – ouvir aqui